Simples nacional tabela: O que esperar para os próximos anos

Simples nacional tabela: O que esperar para os próximos anos

Por isso, descubra, desde já, as mudanças na tabela do Simples Nacional para 2027, incluindo suas alíquotas e, especialmente, como isso impacta o planejamento tributário da sua empresa. Além disso, com a reforma tributária em andamento, é essencial entender como adaptar sua estratégia fiscal.

Entendendo o Simples Nacional em 2027

O Simples Nacional, por sua vez, continua sendo a principal opção tributária para micro e pequenas empresas brasileiras, uma vez que unifica oito tributos em uma única guia. Atualmente, com mais de 18,9 milhões de empresas optantes (aproximadamente 76% das empresas no Brasil), este regime tributário simplificado oferece benefícios significativos:

  • Desburocratização das obrigações fiscais
  • Potencial redução da carga tributária
  • Simplificação contábil e fiscal
  • Recolhimento unificado de tributos
  • Critérios objetivos de enquadramento baseados na receita bruta anual

Desde sua criação, a Lei Complementar nº 123/2006, que estabeleceu o Simples Nacional, vem passando por adaptações para se alinhar à reforma tributária. Como resultado, mudanças importantes estão previstas para 2027.

Novas tabelas do Simples Nacional: o que muda em 2027

Alíquotas para o comércio: faixas detalhadas

Receita Bruta em 12 Meses (R$)Alíquota (%)Valor a Deduzir (R$)
Até 180.000,004,00
De 180.000,01 a 360.000,007,305.940,00
De 360.000,01 a 720.000,009,5013.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,0010,7022.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,0014,3087.300,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,0018,90378.000,00

Para empresas comerciais da primeira faixa, a distribuição dos tributos apresenta a seguinte composição:

  • IRPJ: 5,50%
  • CSLL: 3,50%
  • CBS: 15,33% (substitui PIS/COFINS)
  • CPP: 41,50%
  • ICMS: 34,00%
  • IBS: 0,17% (novo imposto)

Alíquotas para a indústria: particularidades do setor

Receita Bruta em 12 Meses (R$)Alíquota (%)Valor a Deduzir (R$)
Até 180.000,004,50
De 180.000,01 a 360.000,007,805.940,00
De 360.000,01 a 720.000,0010,0013.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,0011,2022.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,0014,7085.500,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,0029,90720.000,00

Em especial, a principal diferença para o setor industrial é a inclusão do IPI, que representa 7,50% na primeira faixa, o que reflete as particularidades da cadeia produtiva.

Como calcular corretamente o Simples Nacional

O cálculo do imposto devido utiliza a alíquota efetiva, que difere da alíquota nominal apresentada nas tabelas. A fórmula correta é:

Alíquota Efetiva = (RBT12 × Alíquota Nominal − Valor a Deduzir) ÷ RBT12

Onde:

  • RBT12: receita bruta acumulada nos últimos 12 meses
  • Alíquota Nominal: percentual da faixa correspondente
  • Valor a Deduzir: valor fixo para cada faixa

Exemplo prático de cálculo

Por exemplo, uma empresa comercial com receita bruta de R$ 500.000,00 nos últimos 12 meses estaria na terceira faixa. Dessa forma, aplicando a fórmula:

Alíquota Efetiva = (500.000 × 9,50% − 13.860) ÷ 500.000 Alíquota Efetiva = (47.500 − 13.860) ÷ 500.000 = 6,73%

Na prática, esta empresa pagaria efetivamente 6,73% sobre sua receita mensal, e não os 9,50% da alíquota nominal.

Impactos da reforma tributária no simples nacional

A reforma tributária traz mudanças significativas para os optantes do Simples Nacional:

  • substituição gradual de tributos: PIS/COFINS serão substituídos pela contribuição sobre bens e serviços (CBS)
  • implementação do IBS: novo imposto que unificará ICMS e ISS
  • período de transição: implementação gradual entre 2026 e 2033
  • Além disso, o sistema de créditos prevê a possibilidade de aproveitamento de créditos tributários por toda a cadeia.

Planejamento tributário estratégico para 2027

Um planejamento tributário eficaz para 2027 exige:

  1. monitoramento contínuo da receita bruta: garante o enquadramento correto nas faixas
  2. análises comparativas entre regimes: avaliar Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real
  3. projeções de crescimento: antecipar mudanças de faixa ou regime
  4. Nesse contexto, é importante avaliar os créditos tributários, verificando se a impossibilidade de aproveitá-los no Simples Nacional realmente compensa a alíquota reduzida. Em contrapartida, a opção por apurar IBS e CBS fora do Simples Nacional pode representar uma economia tributária — fator que deve ser cuidadosamente considerado.

Prevenção de riscos tributários

Os principais riscos incluem:

  • exclusão do regime por ultrapassar limites de receita
  • multas por inconsistências nas declarações
  • desenquadramento por atividades não permitidas

Para garantir conformidade:

  • monitore mensalmente a receita bruta
  • verifique pendências no PGDAS-D
  • mantenha documentação adequada e em conformidade com a legislação
  • verifique regularmente a situação cadastral

Perguntas frequentes sobre o simples nacional

Quais empresas podem optar pelo simples nacional em 2025? Microempresas com receita bruta até R$ 360.000,00 e empresas de pequeno porte até R$ 4.800.000,00, desde que não exerçam atividades vedadas.

Como a reforma tributária afetará os optantes pelo simples nacional? O regime será mantido, mas com ajustes nas composições tributárias para acomodar a CBS e o IBS, que substituirão gradualmente PIS/COFINS, ICMS e ISS.

Mas afinal, o que acontece se minha empresa ultrapassar o limite da faixa? Nesse caso, a tributação será ajustada para a faixa superior já no mês seguinte ao excesso.

É comum surgir a dúvida: é possível mudar do Simples Nacional para outro regime durante o ano? A resposta é não. A opção pelo Simples Nacional é anual e só pode ser alterada no próximo ano-calendário — salvo em casos de exclusão obrigatória.

Como calcular o valor devido no simples nacional? Multiplique a receita bruta mensal pela alíquota efetiva, calculada conforme a fórmula apresentada anteriormente.

Prepare sua empresa para as mudanças de 2027

Diante desse cenário, as alterações na tabela do Simples Nacional para 2027, combinadas com a reforma tributária, exigem atenção e planejamento estratégico. Portanto, compreender as novas faixas de receita, alíquotas e a distribuição dos tributos é fundamental para otimizar a tributação e evitar surpresas fiscais.

Uma gestão tributária eficiente não é apenas questão de compliance, mas também uma oportunidade para identificar economias fiscais legítimas que podem fortalecer a competitividade do seu negócio.

Em função das mudanças previstas, é natural ter dúvidas sobre como adaptar seu negócio. Por isso, se você precisa de suporte para estruturar um planejamento tributário eficaz, nossa equipe especializada está pronta para ajudar. Com a estratégia certa, é possível transformar desafios fiscais em vantagens competitivas. Fale conosco hoje mesmo!

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